terça-feira, 8 de abril de 2008

Resumo de Literatura - Capítulo 16 (A Semana da Arte Moderna)


Capítulo original: 16 páginas.


Introdução


Idealizada por um grupo de artistas, a Semana pretendia colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu, ao mesmo tempo em que pregava a tomada de consciência de realidade brasileira. Deve ser vista não só como um movimento artístico, mas também como um movimento político e social.


Momento histórico


Ao mesmo tempo em que se estabelecia a política do café-com-leite no início do século XX, a Primeira Guerra Mundial trouxe uma industrialização e urbanização para o Brasil. Isso significou o surgimento de uma burguesia industrial cada dia mais forte, mas marginalizada pela política do governo federal, voltada para a exportação do café. Ao mesmo tempo, aumentava consideravelmente o número de imigrantes europeus (italianos principalmente), tanto na zona rural (onde havia café) quanto na zona urbana (onde havia indústrias). Ainda existia nos centros urbanos uma larga faixa da população pressionada pelos “barões do café” e pela alta burguesia, assim como pelo operariado: a pequena burguesia, composta por funcionários públicos, comerciantes, militares e profissionais liberais. Ou seja, era um Brasil dividido e diversificado.
Os antecedentes da Semana de Arte Moderna:


1911 – Oswald de Andrade funda o semanário humorístico O Pirralho, que circulou até 1917 e contou com a colaboração de Di Cavalcanti.
1912 – Oswald de Andrade retorna de sua primeira viagem à Europa trazendo na bagagem as idéias do Futurismo de Marinetti.
1914 – Primeira exposição de Anita Malfatti.
1915 – Marco inicial do Modernismo em Portugal, com a publicação da revista Orpheu. Ronald de Carvalho, um dos agitadores da Semana de Arte Moderna, participou ativamente da revista ao lado de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.
1916 – Primeira redação de Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade.
1917 – Oswald de Andrade conhece Mário de Andrade, e este publica o livro Há uma gota de sangue em cada poema. Menotti Del Picchia publica o poema regionalista Juca Mulato. Guilherme de Almeida publica Nós, poesias de cores passadistas. Manuel Bandeira estréia com o livro A cinza das horas. Cassiano Ricardo, ainda preso ao Parnasianismo, publica A frauta de Pã. O Pirralho publica primeira versão de Memórias sentimentais de João Miramar, com ilustrações de Di Cavalcanti, que também realiza sua primeira exposição de caricaturas em São Paulo. Exposição de Anita Malfatti é inaugurada em São Paulo. Monteiro Lobato lança um artigo criticando a exposição de Anita Malfatti e os artistas anteriormente citados formam um grupo em defesa de Anita.
1920 – Victor Brecheret é descoberto por um grupo de modernistas. Segundo Mário de Andrade, foi Victor quem criou o “estado de espírito” dos modernistas. “Porque Victor Brecheret, para nós, era no mínimo um gênio”.
1921 – Formação do grupo de artistas que promoveriam a Semana da Arte Moderna no ano seguinte.


A realização do evento



“Por iniciativa do festejado escritor, Sr. Graça Aranha, da Academia Brasileira
de Letras, haverá em São Paulo uma ‘Semana de Arte Moderna’, em que tomarão
parte os artistas que, em nosso meio, representam as mais modernas correntes
artísticas.”


Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio; os trabalhos mais visados são os de Victor Brecheret e Anita Malfatti.


O primeiro espetáculo foi aberto com a conferência de Graça Aranha, acompanhada da música de Ernani Braga (que causou espanto, ao fazer uma sátira a Chopin) e da poesia de Ronald de Carvalho.


O segundo espetáculo teve como grande atração o pianista Guiomar Novaes. Entretanto, a “atração” foi uma conferência de Menotti Del Picchia sobre arte e estética, ilustrada com a leitura de textos de Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Plínio Salgado.


Já no terceiro espetáculo, houve apresentação de músicas de Villa-Lobos. O público já não lotava mais o teatro e comportava-se respeitosamente, exceto quando Villa-Lobos entra em cena de casaca e... chinelos; o público interpreta a atitude como futurista, e vaia. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de futurismo e sim de um calo arruinado...


Feito por Victor Costa.

5 comentários:

Anônimo disse...

Abaporu apavora.

Bruna disse...

hah, eu tenho uns esquemas de praticamente todas as matérias
se ninguém tiver mandando resumos pra vcs, falem comigo q eu passo pro e-mail da sala
Bjus :*

Anônimo disse...

Ótima idéia. x]
Espero na próxima etapa poder contribuir, essa tá corrida...
Se alguém tiver de geografia, posta, please. ;@

Victor Costa Lopes disse...

Bruna, se tu puder levar amanhã! ;]
Aline, a Luciana tinha dito que ia fazer o de Geografia, mas a gente também tava vendo alguém pra fazer o de história, tinha dividido e tal, então nem sei como vai ficar.

Tici Câmara disse...

Bruuna, que resumos tu tem? se tiver como me passar, por orkut ou algo do tipo, dá o toque.. ;)